O estilo “pedagogizador”
limita-se a instruir, reproduzir conhecimento, aplicar técnicas ao aluno,
tratado como objeto a ser conhecido e treinado. Este é o papel da escola na
sociedade disciplinar de que fala Foucault. Já Habermas propõe um modelo
calcado na intersubjetividade, mais apto a conduzir para a educação, entendida
num sentido construtor de subjetividades emancipadas, criativas, autônomas.
Chamamos este modelo de “modelo educacional”.
Educar é produzir
sujeitos capazes de linguagem e de ação, calcadas em razões e argumentações
justificadas, legítimas, exigências fundamentais para atender às demandas
sociais, culturais, econômicas e éticas da modernidade. No Brasil, os desafios
são imensos, porém contornáveis mediante de políticas educacionais adequadas,
cujo maior obstáculo é a escola “pedagogizadora”. Há certas transformações
sociais que só ocorrerão por meio da educação construtora de sujeitos capazes e
não apenas capacitados, autônomos e não apenas treinados, qualificados para a
ação e não apenas para o exercício.
A prática da intersubjetividade
segundo a proposta da Teoria da Ação Comunicativa permite a conciliação de dois
mundos: o mundo do sistema e o mundo da vida, onde a teoria e a prática estão
interligadas através de ações concretas, numa dinâmica comunicativa entre os atores
envolvidos visando novas racionalidades.
Assim, a prática da
intersubjetividade no campo da educação supera o modelo “pedagogizador” ao
produzir indivíduos mais livres, autônomos, capazes de avaliar seus atos à luz
dos acontecimentos, à luz das normas sociais legítimas e legitimadas pelos
processos jurídicos e políticos, usando suas próprias cabeças, e tendo
propósitos lúcidos e sinceros, abertos à crítica.
Fonte de pesquisa : Filosofia da Educação ( JARDIM,BORGES FREITAS at al,2011)
e link: http://www2.pucpr.br/reol/index.php/DIALOGO?dd1=653&dd99=view
A prática da intersubjetividade, produtora de sujeitos capazes de linguagem e de ação, com opinião e vontade formadas de modo a possibilitar liberdade comunicativa, calcada em razões e argumentações justificadas, legítimas, são os pressupostos de qualquer sociedade democrática, essenciais à educação. As práticas educacionais, ao produzirem indivíduos mais livres, autônomos, e não autômatos, capazes de avaliar seus atos à luz dos acontecimentos, à luz das normas sociais legítimas e legitimadas em processos jurídicos, políticos, usando suas próprias cabeças, e tendo propósitos sinceros e abertos à crítica, são fundamentais para as práticas educacionais. E estas representam o solo de germinação da ação comunicativa. A importância extrema da educação decorre de ela servir como anteparo à tecnicização, à colonização do mundo da vida pelo sistema, mas também deve servir para intervir no meio dinheiro e poder, de modo a enfrentá-los pela democracia e pelo direito.
ResponderExcluirO método de ensino “pedagogizador” resume-se a instruir, reproduzir um tipo de conhecimento que não é relevante para as reais necessidades do aluno. Assim, a educação está a serviço de uma sociedade mercadológica e tecnocrática. O aluno é tratado meramente como um objeto a ser conhecido e treinado para atender as exigências do mercado, suas experiências de vida e situações práticas não são consideradas.
ResponderExcluirO método “pedagogizador” tornou-se um dos grandes desafios da contemporaneidade. É preciso superá-lo, impondo uma pedagogia voltada para atender as reais necessidades do aluno, calcada, sobretudo, por uma política educacional adequada.
O método pedagogizador é constituído de conteúdos que não atendem aos anseios reais dos alunos, sendo dotado assim de práticas desinteressantes e que não condizem com a realidade do educando. Já a prática da intersubjetividade possibilita a liberdade comunicativa, leva o aluno a questionar, argumentar, discorrer sobre seus pensamentos, contextualizando a teoria e tornando-a aliada da prática. Enfim, esse último modelo é aquele que mais se mostra eficaz no processo ensino-aprendizagem, pois contém elementos relevantes para a vida acadêmica do educando.
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